Doenças autoimunes e os medicamentos imunobiológicos
As doenças autoimunes são uma classe de doenças diversas em que o sistema imune começa a funcionar de forma inapropriada, agredindo proteínas, células e tecidos saudáveis do próprio corpo. A incidência na população feminina é três vezes maior que na população masculina. Existem mais de 50 tipos de doenças autoimunes. A prevalência na população geral é de aproximadamente 3%.
São doenças crônicas geralmente incuráveis e que causam morbidade importante associada a queda de qualidade de vida além de serem fatais em alguns casos. Geralmente requerem tratamento crônico por vários anos.
O tratamento é diferente para cada tipo de doença. Porém nas doenças autoimunes sistêmicas (doenças com acometimento de múltiplos sistemas) por muitos anos o tratamento foi baseado no uso de prolongado corticóides, que acarretava em muitos efeitos colaterais. Com o avanço nas últimas décadas, o tratamento farmacológico vem apresentando avanço importante com a inclusão de doenças modificadoras da doença e por último o uso de medicamentos imunobiológicos.
Os medicamentos imunobiológicos atuam em locais específicos da sinalização celular com o objetivo de reduzir e bloquear as repostas autoimunes. Geralmente são medicações administradas em vias endovenosa, intramuscular ou subcutânea.
Desde atualização do ano de 2021 do ROL da Agência Nacional de Saúde, há cobertura obrigatória para uso de imunobiológicos desde que cumpram as diretrizes de utilização para as seguintes doenças: Artrite reumatóide, Artrite reumatóide juvenil, Espodiloartrite axial radiográfica ou não radiográfica, Artrite psoriática, Psoríase, Doença de Crohn, Colite/retocolite ulcerativa, Hidrosadenite supurativa, Asma eosinofílica grave, Asma alérgica grave, Urticária crônica espontânea, Uveíte não infecciosa ativa e Esclerose múltipla.
A Plataforma SOI com seu módulo de imunobiológicos e sua equipe de especialistas, vem de uma forma inovadora contribuir na jornada dos pacientes com as doenças autoimunes acima citadas direcionando o percurso assistencial de forma assertiva, alcançando o melhor desfecho e eliminando os desperdícios.
Paulo Henrique Aires de Freitas
Médico Oncologista